O Conselho Regional de Medicina da Paraíba (CRM-PB) decidiu na noite desta quarta-feira (13) cassar, por unanimidade, o registro profissional do médico pediatra Fernando Paredes Cunha Lima, condenado pela Justiça a 22 anos, cinco meses e dois dias de prisão por estupro de vulnerável contra duas vítimas.
O julgamento ocorreu na sede do conselho, em João Pessoa, e contou com a presença do médico, que chegou ao local em cadeira de rodas e com muleta. A defesa das vítimas foi representada pelo advogado Bruno Girão.
Fernando Paredes Cunha Lima está preso no Presídio Especial do Valentina, em João Pessoa. Ele foi detido no dia 7 de março deste ano, em um apartamento na cidade de Paulista, Região Metropolitana do Recife, por policiais civis da Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (Draco) da Paraíba. Após a prisão, foi levado para a Cidade da Polícia Civil, na capital paraibana, mas transferido no mesmo dia para Pernambuco, onde passou por audiência de custódia em 8 de março e teve a prisão mantida.
Inicialmente, o médico foi encaminhado ao Centro de Observação Criminológica e Triagem (Cotel), em Abreu e Lima (PE), onde permaneceu até 14 de maio, quando foi transferido para a unidade prisional em João Pessoa. No dia 11 de julho, o Ministério Público da Paraíba (MPPB) informou que a 4ª Vara Criminal de João Pessoa havia condenado o pediatra, além de fixar indenização por danos morais no valor de R$ 100 mil para cada vítima, totalizando R$ 200 mil.
O caso veio à tona em julho de 2024, quando a mãe de uma das vítimas denunciou o abuso sexual, dando início às investigações conduzidas pela Delegacia de Repressão aos Crimes contra a Infância e a Juventude de João Pessoa. Durante o processo, duas sobrinhas do médico também relataram terem sido abusadas por ele na infância, mas, devido à prescrição, atuaram apenas como testemunhas.
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