A reorganização ministerial visando a inclusão do Centrão na Esplanada dos Ministérios está sendo coordenada tanto pelo lado do Republicanos quanto pelo Progressistas, em conjunto com o Governo Federal. Segundo o jornal O Globo, as mudanças somente serão efetivadas se ambos os partidos forem contemplados. A previsão é de que as alterações no gabinete ministerial sejam anunciadas nesta semana pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Desde o início das discussões em julho, as negociações têm ocorrido de forma colaborativa. Conforme um membro do Centrão, o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, foi informado sobre a união das bancadas do PP e do Republicanos.
A destinação do Ministério de Portos e Aeroportos ao Republicanos já está em andamento, mas a indefinição em relação à pasta que caberá ao PP ainda está obstruindo a finalização da reforma.
A previsão é que as negociações sejam finalizadas nesta semana, após o retorno do presidente Lula de uma viagem de sete dias à África. O PP do presidente da Câmara, deputado Arthur Lira (AL), almeja o Ministério do Desenvolvimento Social, mesmo sem a inclusão do Bolsa Família. Setores do governo e do PT resistem em dividir a pasta, que atualmente está sob a liderança do petista Wellington Dias.
Visto que o objetivo central da reforma governamental é consolidar uma base na Câmara dos Deputados para garantir um cenário político menos turbulento do que o observado no primeiro trimestre, também é essencial para os petistas que a entrada do PP e do Republicanos ocorra de maneira conjunta.
Ambos os partidos estiveram na coligação que deu sustentação política ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), em 2022, que perdeu para Lula.