O advogado trabalhista Clóvis Miranda explicou que o assédio eleitoral vem sendo muito combatido pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e é a prática do empregador de coagir, pressionar e estimular que o trabalhador vote em determinado candidato a fim de beneficiar um ou outro lado.
Clóvis destacou que o assédio pode causar um grande desconforto no trabalhador, tendo em vista que há uma pressão negativa em um ambiente que deveria ser de tranquilidade e imparcialidade.
“O brasileiro é um apaixonado, mas o TSE impede a selfie junto à urna justamente para proteger o eleitor. A prática pode fazer com que o empregador cobre do trabalhador a confirmação do voto”, disse.
De acordo com o advogado, os casos de assédio eleitoral aumentaram consideravelmente em comparação às últimas eleições. A Paraíba registrou mais de 60 casos, sendo o maior número em toda a região Nordeste.
Para denunciar, o advogado explicou que o trabalhador pode denunciar o assédio eleitoral através do aplicativo Pardal, do TSE. Também lembrou que o empregador pode pagar multa e ser responsabilizado na esfera criminal caso o crime seja comprovado.
“O voto é secreto. No dia da urna, é você e a urna. O próprio empregador tem que ter consciência”, enfatizou.