A CPI dos combustíveis, que pretende investigar porque Campina Grande tem hoje um dos combustíveis mais caros do Estado, não para de dar o que falar na Câmara de Vereadores. Mais dois capítulos foram registrados entre ontem e hoje, quinta-feira (6). Um envolve a saída do vereador Márcio Melo (PSDC) da investigação. O outro, uma espécie de resposta do agora presidente da comissão, Alexandre do Sindicato (PHS), ao colega.
Primeiro, o vereador Márcio Melo (PSDC) disse a imprensa da cidade nessa quarta-feira (5) que estaria deixando a comissão porque uma reunião teria ficado marcada para o dia de ontem, como realmente ficou e aconteceu, e ele pelo simples fato de ter chegado atrasado não teria colocado suas observações a respeito do trabalho. O vereador Alexandre do Sindicato (PHS) confirmou que o colega parlamentar chegou atrasado, mas de pronto negou que o vereador não teria espaço para debater como ficaria a distribuição de cargos na comissão.
Nesta quinta-feira, Alexandre deu entrevista aos jornalistas Lenildo Ferreira e Paulo Pessoa, na rádio Campina FM, e disse que achava da saída do colega vereador da comissão. “Ao meu ver, ele já chegou com a decisão de que não faria mais parte da mesa. Até porque tanto eu, quanto o vereador Rodrigo Ramos e o vereador Luciano Breno dissemos ‘olhe, nós desmanchamos todo o processo que começamos e vamos rediscutir com você”, explicou.
Porém, o parlamentar não lamentou a saída do colega da comissão e deu a seguinte declaração. “Eu faço como disse o apóstolo Paulo, foi me dada uma grande tarefa a fazer. Eu não vou parar, não vou ficar no meio do caminho e nem olhar para trás. Há momentos que você tem que passar por cima do entulho, assim fez Neemias lá no Antigo Testamento. Passa por cima do entulho, não fica olhando para trás. Foi me dada uma tarefa para fazer e eu estou com disposição, com coragem e com ânimo para fazê-la”, pontuou.
Composição
A CPI, portanto, ficou com quatro membros: Alexandre do Sindicado como presidente, Pastor Luciano Breno (PPL) como relator e Rodrigo Ramos (PDT) e Renan Maracajá (PSDC) como membros. Na próxima segunda-feira (10) acontece a primeira sessão deliberativa sobre a investigação. O prazo da investigação é de noventa dias, podendo ser prorrogado por mais noventa.
FOTO LENILDO FERREIRA