A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro solicitou autorização ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), para que ele realize uma série de exames médicos em hospital particular de Brasília, onde cumpre prisão domiciliar. O pedido foi protocolado nesta terça-feira (12) e prevê que Bolsonaro permaneça no hospital DF Star por um período de seis a oito horas no próximo sábado (16).
Entre os exames requeridos estão análises de sangue e urina, endoscopia, tomografias, ecocardiograma e ultrassonografias, conforme recomendação médica para reavaliar sintomas relacionados a refluxo e soluços persistentes após a introdução de nova medicação.
Bolsonaro está proibido de deixar sua residência desde o dia 4 de agosto, quando Moraes impôs o regime domiciliar após o ex-presidente descumprir medidas cautelares anteriores. Desde o atentado sofrido em 2018, Bolsonaro enfrenta complicações de saúde, incluindo uma cirurgia realizada em abril deste ano para tratar sequelas da facada.
Na última semana, o ministro autorizou visitas médicas particulares ao ex-presidente e permitiu encontros com familiares e aliados políticos. Nesta nova petição, a defesa também pede permissão para que quatro aliados, incluindo o senador Rogério Marinho (PL-RN) e o deputado Altineu Côrtes (PL-RJ), possam visitá-lo em sua residência.
A restrição de liberdade de Bolsonaro está relacionada a investigações no STF, que o acusam de tentar interferir no andamento da ação penal em que responde, sob a acusação da Procuradoria-Geral da República (PGR) de liderar um plano para dar um golpe de Estado e se manter no poder após as eleições.
A defesa tem até esta quarta-feira (13) para apresentar as alegações finais no processo, que será julgado pela Primeira Turma do STF, composta por cinco ministros, entre eles Alexandre de Moraes.