A Polícia Civil da Paraíba, por meio do Grupo de Operações Especiais (GOE), participou nesta terça-feira (14) da Operação Plata, coordenada pelo Ministério Público do Rio Grande do Norte.
A operação investiga crimes de lavagem de dinheiro, da ordem de R$ 23 milhões, e cumpre 43 mandados de prisão e de busca e apreensão na Paraíba, Distrito Federal, Rio Grande do Norte, São Paulo, Santa Catarina, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Bahia e no Ceará. De acordo com as investigações, organizações criminosas “lavam” dinheiro do tráfico de drogas com a compra de carros, imóveis, fazendas, rebanhos bovinos e até abrindo/fundando igrejas.
As investigações foram iniciadas em 2019. O esquema é liderado por Valdeci Alves dos Santos, também conhecido por “Colorido”. Ele é originário da região do Seridó potiguar e apontado como o segundo maior chefe da facção criminosa predominante no estado de São Paulo. Valdeci cumpre pena no presídio federal de Brasília e deixou o comando dos negócios ilícitos sob responsabilidade de seu irmão, Geraldo dos Santos Filho, também condenado por tráfico de drogas.
Familiares dos dois alvos da operação também são investigados, apontados como “laranjas” nos negócios ilícitos. No total, 22 pessoas estão listadas nos relatórios de investigação como partícipes no esquema. A Justiça determinou o bloqueio e indisponibilidade de bens até o limite de R$ 23.417.243,37 relacionados a 28 contas bancárias dos suspeitos.
A pedido do MPRN, além do bloqueio de contas bancárias, a Justiça também determinou o bloqueio de bens e imóveis, a indisponibilidade de veículos e a proibição da venda de rebanhos bovinos. Todo o material apreendido será analisado pelo MPRN para apurar se há envolvimento de outras pessoas nos crimes. Valdeci dos Santos permanecerá preso na Penitenciária Federal de Brasília. Os demais presos na operação Plata foram encaminhados ao sistema carcerário potiguar e estão à disposição da Justiça.
Com MPPB