O prefeito Romero Rodrigues decidiu implantar um reajuste de 40% nos salários dos profissionais de saúde de Campina Grande que estão trabalhando diretamente com casos de coronavírus na cidade. A decisão foi informada ao Ministério Público Federal, Ministério Público do Trabalho e Ministério Público da Paraíba pelo secretário de saúde, Felipe Reul, em reunião por videoconferência que aconteceu nessa terça-feira, feriado nacional, Dia de Tiradentes.
“É o mínimo que o Município pode fazer para compensar, do ponto de vista financeiro, aos que têm se dedicado de forma integral a uma missão extremamente arriscada e fundamental para a saúde e a vida das pessoas em Campina Grande”, disse o prefeito.
“É uma forma de valorizar e incentivar esses profissionais que estão na linha de frente salvando vidas”, disse Felipe Reul.
Quem se afastar por questões de saúde vai ter contrato mantido
O Secretário também informou para os representantes do Ministério Público a decisão de que, mesmo que os trabalhadores venham a ser afastados por motivo de Saúde, seus contratos serão mantidos e seus salários serão pagos, inclusive nos casos dos servidores que recebem por regime de plantão.
Convocação
A convocação dos profissionais aprovados no processo seletivo do município já começam a partir dessa quarta-feira (22). Ao todo, foram classificadas 1.118 pessoas, entre médicos, enfermeiros, técnicos, farmacêuticos, psicólogos, auxiliares de serviços gerais, condutores socorristas, fisioterapeutas, maqueiros, assistentes sociais e recepcionistas.
Outra medida, anunciada pelo secretário após a reunião foi a compra de plantões de profissionais que trabalham em Campina Grande e em municípios que têm número alto de infectados pelo coronavírus. “Vamos pagar para que eles fiquem exclusivos para Campina Grande, a fim de evitar que possam ser infectados em outros municípios e trazer o vírus para cá”, explicou.
Na reunião, os promotores e procuradores Adriana Amorim, Acácia Suassuna, Raulino Maracajá e Marcela Asfora também conversaram com os diretores do Hospital Municipal Pedro I, das Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), do Hospital da Criança e do Adolescente (HCA) e do Instituto de Saúde Elpídio de Almeida (Isea). Eles fizeram um relato detalhado de todo o estoque de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), a situação de escalas de profissionais e o protocolo de atendimento de cada unidade.