A reforma da penitenciária do Monte Santo, em Campina Grande, ainda não começou por falta de tornozeleiras eletrônicas. Foi o que informou com exclusividade à Rádio Campina FM o juiz da vara de execuções penais da cidade, Philippe Guimarães Padilha Vilar, na manhã desta terça-feira (28). Segundo ele, o governo do Estado teria feito um pedido menor do que a quantidade necessária para fazer o esvaziamento e consequentemente iniciar a reforma. A ideia é transformar a unidade em um colônia fabril.
“O problema é que, com o passar do tempo, o governo do Estado não passou o número adequado de tornozeleiras para que a gente pudesse atender a todos os apenados que estão recolhidos no presídio. Então a gente fez uma seleção e começou a elencar prioridades para poder colocar essas tornozeleiras. Só que como a demanda é maior do que aquilo que foi fornecido pelo governo do Estado não estamos conseguindo esvaziar e o pior, o contrato do Estado com a empresa esgotou, mas não esgotou porque acabou o prazo não. A quantidade que foi comprada inicialmente ela já foi consumida pelo governo. Estão em um processo de aditivo, eu já entrei em contato com a secretaria e prometeram aos juízes da Paraíba que até o final de fevereiro, março essa situação estará contornada”, disse o juiz.
A ideia é colocar todos os apenados em regime de monitoramento eletrônico. “A nossa pretensão desde o início é esvaziar o presídio do Monte Santo, colocar todos os apenados em regime de monitoramento eletrônico, para que a gente possa fazer uma reforma na unidade prisional e fazer um projeto piloto aqui em Campina Grande com parcerias com empresas privadas para que coloquemos alguns apenados do regime fechado, previamente selecionados e que tenham aptidão ao trabalho, para desenvolver esse trabalho, transformando a unidade prisional em uma colônia fabril”, explicou.