O advogado da família do policial militar paraibano Edmo Tavares, morto na última terça-feira (29) em suposto confronto com três policiais militares Rio Grande do Norte descarta que o homem tenha sido morto por engano. Para Flávio Roberto, os indícios apontam que o policial, que vendia cestas básicas em um dia de folga, tenha sido executado. Segundo ele, a quantidade de disparos, mais de 10, aponta para esse tipo de crime.
“O que nós temos a título de agora é que os indícios caminham para uma execução, de fato. Pelo modus operandi que os acusados efetuaram os disparos, os locais onde o cabo Edmo foi atingido, pelo depoimento das testemunhas, ou seja, por toda circunstância fática tudo indica que foi uma execução”, disse em entrevista à Rádio Campina FM nesta sexta-feira (1).
Esta semana em entrevista coletiva, o comandante-geral da Polícia Militar do Rio Grande do Norte, coronel Alarico Azevedo, afirmou que não teve conhecimento da operação e nem autorizou que policiais militares potiguares viessem à Paraíba dar cumprimento a qualquer mandado de prisão.
A ação, realizada na tarde da última terça-feira (29), na zona rural de Tacima, agreste paraibano, acabou em uma troca de tiros e na morte do PM paraibano Edmo Tavares, de 36 anos.
Três policiais militares do rio grande do norte – um subtenente, um sargento e um cabo – irão responder a inquéritos criminais, na esfera civil e militar. Segundo a PM do RN, as armas dos três policiais militares foram apreendidas pela polícia civil da Paraíba. Após serem ouvidos em depoimento, eles foram liberados e já retornaram a Nova Cruz, na região agreste potiguar, onde são lotados. Os três também foram afastados de suas atividades de policiamento e, enquanto durar as investigações, devem ficar atuando apenas administrativamente.