O vereador Renan Maracajá, que está preso desde o último dia 22 de agosto em João Pessoa, requereu mais trinta dias de licença sem remuneração da Câmara Municipal de Campina Grande. O parlamentar, que obteve a maior votação da cidade nas eleições de 2016, já havia pedido quinze dias de afastamento, período já cumprido.
Aparentemente, Renan e sua defesa preferem optar por não pedir o afastamento de 121 dias possível a partir do que dispõe o regimento interno da Casa de Félix Araújo. Com a licença por períodos fracionados, fica dispensado o chamamento do suplente, que, no caso, seria Gildo Silveira, atualmente secretário-executivo de Educação do Município.
Preso na segunda fase da “Operação Famintos”, que apura um esquema de fraudes em licitações para a merenda escolar em Campina Grande, Renan Maracajá é apontado pelo Ministério Público Federal como integrante do chamado núcleo empresarial da organização criminosa, apesar de ser político.
De acordo com o MPF, o parlamentar seria o verdadeiro administrador de uma empresa participante do esquema, a qual se encontra em nome de um laranja que trabalhava como chefe de gabinete do vereador na CMCG e também foi preso, mas em caráter temporário e já foi libertado.
Os advogados de Renan Maracajá negam sua participação na organização criminosa.
BLOG DO LENILDO FERREIRA