O vereador Renan Maracajá (PSDC), preso na manhã dessa quinta-feira (22) na segunda fase da Operação Famintos, utilizava verba parlamentar para pagar um “laranja”. A informação consta na fundamentação do juiz da Quarta Vara da Justiça Federal, Vinicius Costa Vidor, que determinou a prisão preventiva de três pessoas e a prisão temporária de outras cinco. Ao todo, sete mandados de prisão e 14 de busca e apreensão foram cumpridos na manhã de ontem pela Polícia Federal em Campina Grande.
De acordo com a fundamentação do magistrado, a empresa LACET COMERCIAL, pertence a Renan Maracajá, mas formalmente tinha como responsável André Nunes de Oliveira Lacet, que foi preso temporariamente por cinco dias. André é chefe de gabinete do vereador do PSDC e recebia R$2.500 através do parlamento de Campina Grande.
Segundo o juiz, ele era pago para ser “laranja” do vereador Renan Maracajá a frente da empresa. “Apurou-se, por exemplo, que a pessoa física responsável pela LACET COMERCIAL, ANDRE NUNES DE OLIVEIRA LACET, possui vínculo com a Câmara de Vereadores de Campina Grande e é utilizada como “laranja” por RENAN TARRADT MARACAJÁ para ocultar sua condição de real proprietário da empresa”, disse.
Apesar da prisão de Renan Maracajá e da contundente linha de argumentação do magistrado, a presidente da Câmara Municipal de Campina Grande, Ivonete Ludgério (PSD), disse que não pretende adotar qualquer tipo de medida contra o vereador, revelando inclusive acreditar firmemente na inocência dele. “Quero dizer que acredito na inocência do colega, que é um rapaz jovem, dinâmico e trabalhador e que, até que se prove o contrário, é essa imagem que tenho dele”, disse.