VOCÊ BEM-INFORMADO SEMPRE!

19.3 C
Campina Grande

VOCÊ BEM-INFORMADO SEMPRE!

Violência atinge mais mulheres que trabalham fora, mostra estudo

Trabalhar fora e ter independência financeira não é garantia de proteção às mulheres contra a violência doméstica. É o que aponta um estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), divulgado nessa segunda-feira (19). De acordo com os dados levantados, o índice de violência contra mulheres que integram a população economicamente ativa (52,2%) é praticamente o dobro do registrado pelas que não compõem o mercado de trabalho (24,9%).

“Uma possível explicação é que, pelo menos para um conjunto de casais, o aumento da participação feminina na renda familiar eleva o poder de barganha das mulheres, reduzindo a probabilidade de sofrerem violência conjugal. Em muitos casos, porém, a presença feminina no mercado de trabalho – por contrariar o papel devido à mesma dentro de valores patriarcais – faz aumentar as tensões entre o casal, o que resulta em casos de agressões e no fim da união”, destacou o Ipea.

“Uma das conclusões é que a autonomia econômica da mulher, a partir do trabalho fora de casa e da diminuição das discrepâncias salariais, não se mostra suficiente para superar a desigualdade de gênero geradora de violência no Brasil”.

De acordo com o estudo, outras políticas públicas se fazem necessárias “como o investimento em produção e consolidação de bases de dados qualificados sobre a questão, o aperfeiçoamento da Lei Maria da Penha e intervenções no campo educacional para maior conscientização e respeito às diferenças de gênero”.

Conforme o estudo do Ipea, o índice de violência doméstica com vítimas femininas é três vezes maior que o registrado com homens. Os dados avaliados na pesquisa mostram também que, em 43,1% dos casos, a violência ocorre tipicamente na residência da mulher, e em 36,7% dos casos a agressão se dá em vias públicas.

“Na relação entre a vítima e o perpetrador, 32,2% dos atos são realizados por pessoas conhecidas, 29,1% por pessoa desconhecida e 25,9% pelo cônjuge ou ex-cônjuge. Com relação à procura pela polícia após a agressão, muitas mulheres não fazem a denúncia por medo de retaliação ou impunidade: 22,1% delas recorrem à polícia, enquanto 20,8% não registram queixa”, apontou o trabalho do Ipea.

O conteúdo completo da pesquisa, elaborada por Daniel Cerqueira, Rodrigo Moura e Wânia Pasinato, pode ser acessado na página do Ipea na internet.

AGÊNCIA BRASIL
FOTO MARCOS SANTOS/USP

Últimas Notícias

Sistema de alertas para desastres naturais começa a operar em todo o Nordeste

A partir desta quarta-feira (18), a população do Nordeste passa a contar com um novo sistema de alertas para desastres naturais. Trata-se do Defesa...

TCE-PB aprova contas de 2022 da Prefeitura de Campina Grande sob gestão de Bruno Cunha Lima

O Tribunal de Contas do Estado da Paraíba (TCE-PB) aprovou, por unanimidade, as contas da Prefeitura de Campina Grande referentes ao exercício de 2022,...
Campina Grande
nuvens dispersas
19.3 ° C
19.3 °
19.3 °
98 %
2.7kmh
37 %
sex
28 °
sáb
26 °
dom
24 °
seg
27 °
ter
19 °