O sindicato que representa as empresas do serviço de transporte público de passageiros por ônibus de Campina Grande (Sitrans) está alegando que passageiros estão reclamando de problemas nos embarques dos ônibus porque estariam tentando fraudar o uso do cartão que garante o acesso ao serviço. A manobra estaria acontecendo a partir do momento que pessoas tentam usar cartões de terceiros. De acordo com o diretor institucional do Sitrans, Anchieta Bernardino, somente no mês de julho foram registrados exatos 1356 casos. Segundo ele, o problema já foi levado a Delegacia de Defraudações e Falsificações da Rainha da Borborema.
Em entrevista à Rádio Campina FM nesta sexta-feira (16), Anchieta disse que usuários do sistema começaram a reclamar depois que cartões foram bloqueados. Ele explicou que a partir do momento que uma pessoa tenta usar o cartão de outra, pela segunda vez consecutiva, ela não consegue realizar a operação. “O bloqueio se dá quando você busca o acesso com um cartão que não é seu. Você até faz aquela viagem normalmente, mas a partir da segunda não viaja mais porque foi confirmado visualmente. O operador viu e o sistema mandou bloquear. Como a pessoa está reincidindo no uso, indevidamente, ela terá a viagem não autorizada. O motorista não tem o que fazer a não ser dizer que ele (passageiro) resolva a situação porque o cartão é quem abre a catraca”, explicou, alegando que por isso pessoas estão procurando até veículos de comunicação para dizer que não conseguem ter acesso ao serviço.
Anchieta ainda explicou quais eram os casos mais comuns de usos indevidos do cartão. “No mês de julho foram 1356 bloqueios de uso indevido, porque uma pessoa estava usando o cartão do outro. Tem situação em que o filho tem o cartão, mas ele não anda, ele não usa. Aí o pai usa, a mãe usa, o irmão usa”, disse.
O diretor ainda disse que há casos de reincidência por até quatro vezes. “Qualquer uso indevido a gente manda para a delegacia de defraudações. Todas as pessoas que passaram nessa situação, elas cometeram uma fraude e essa fraude vai ser registrada lá (na delegacia). Tem casos de três vezes, quatro vezes. Por isso procuramos a delegacia para fazer esse registro”, concluiu.