Esta semana o prefeito de Campina Grande, Romero Rodrigues, procurou a polícia porque o celular dele havia sido clonado e mensagens haviam sido enviadas até mesmo para secretários municipais. Porém, essa não é uma prática incomum na Paraíba. De acordo com a Federação das Associações dos Municípios do Estado da Paraíba (Famup), somente de julho pra cá foram contabilizados pelo menos 10 casos, incluindo o de Romero. A própria Famup, no ano passado, contabilizou 20 casos de clonagens de telefones de chefes do executivo.
Segundo o presidente da Famup e prefeito do município de Sobrado, George Coelho, em alguns casos os golpes chegaram a causar prejuízo aos cofres públicos. “Chegou a ser concluído. Teve colega que passou o telefone para pessoas próximas pedindo que depositasse dinheiro, que fizesse algum benefício. Teve gente que mandou dinheiro. E outros mandando ‘zap’ para secretários das prefeituras”, disse.
O presidente da federação ainda lembrou dos prejuízos causados a administração pública a partir de crimes como estes. “Um telefone que a gente recebe mensagem de Brasília, das federações, da CNM (Confederação Nacional dos Municípios), dos ministérios. Temos contato com deputados, com pessoas importantes para podermos resolver questões do dia a dia dos municípios. Você passa oito dias, dez dias sem o número. Qual o tamanho do prejuízo que você não leva com isso?”, questionou.