O presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Campina Grande (CDL), Arthur Bolinha, está acusando manifestantes que participaram de um ato que aconteceu nesta sexta-feira (14), no centro da cidade, de saquearem a loja dele, que fica na Rua Cardoso Vieira. Ele disse ter vídeos e áudios que comprovam a ação criminosa, que teria sido incitada por líderes do movimento, e prometeu levar o caso à polícia.
De acordo com o presidente da CDL, os trabalhadores não foram chamados para o movimento. O que na verdade aconteceu foi um fechamento, na base da truculência, das lojas. “As lojas foram obrigadas a fechar as portas diante de uma atitude criminosa. Impuseram ameaça à integridade de trabalhadores e clientes. Teve porta quebrada e líderes do movimento ainda incitaram as pessoas a invadir e saquear minha loja. Temos provas de vídeo e áudio e vamos levar o caso até a polícia para que esses criminosos sejam presos”, disse em entrevista a Hora do Povo da TV Borborema.
Segundo Arthur Bolinha, também foi registrada uma evasão de policiais militares no centro da cidade durante o horário do protesto. “A CDL pediu desde cedo policiamento para garantir o direito de trabalhar de quem quisesse trabalhar. Mas não vimos policiamento. Quando vieram chegar já passava de uma da tarde”, reclamou.
A manifestação
O ato contra a reforma da previdência e os cortes no repasse de verbas para instituições federais aconteceu em todo o país. Em Campina Grande, o movimento reuniu centenas de pessoas e foi organizado por centrais sindicais.
Nota da CDL
A Câmara de Dirigentes Lojistas – CDL Campina Grande vem a público externar seu repúdio a ação criminosa orquestrada por sindicalistas e grupos políticos de esquerda, que no início da tarde desta sexta-feira (14), provocou uma série de transtornos ao comércio da cidade e promoveu o incentivo a violência e a depredação do patrimônio privado.
Lamentamos a postura irresponsável desses grupos partidários que usam sindicatos e trabalhadores inocentes como escudos para impor ideologias ultrapassadas e com fraca adesão popular.
Esclarecemos aos nossos associados e ao público em geral que a CDL solicitou por meio de ofício, ao comando da Polícia Militar da Paraíba, o reforço da segurança na área do Centro da cidade. Mesmo assim, no momento em que lojas eram depredadas e lojistas ameaçados não foi possível localizar nenhum policial fazendo o trabalho de monitoramento da área ocupada. Sendo assim, repudiamos a omissão do comando da Polícia Militar por não garantir a segurança da população e permitindo que prejuízos fossem causados aos lojistas e trabalhadores no pleno exercício de suas atividades.
A CDL reconhece o direito constitucional da promoção de manifestações, porém defende que o cidadão comum deve ser livre para decidir se deve ou não aderir a estes movimentos. É de nos causar indignação as imagens de trabalhadores comuns sendo impedidos de adentrarem aos seus recintos de trabalho e de comerciantes obrigados a fechar as portas das suas lojas temendo as claras ameaças de invasões.
A Diretoria