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Ministro provoca deputados: “Conhecem carteira assinada?”

O ministro da Educação, Abraham Weintraub, partiu para o ataque na tarde desta quarta-feira (15), durante audiência na Câmara para explicar os cortes na Educação. Ao defender o uso de recursos recuperados de corrupção na área, afirmou ter a ficha limpa, não ter passagem pela polícia e ter sua carteira assinada Em seguida, de forma irônica, provocou os deputados: “Fui bancário. Carteira assinada. Viu, azulzinha, não sei se vocês conhecem”, afirmou, provocando vaias de parte dos parlamentares que assistia a audiência. Um coro se formou, com deputados gritando “demissão”.

Weintraub foi convocado por parlamentares para explicar o contingenciamento na área da educação. Numa exposição de 30 minutos, uma versão revista da que ele expôs no Senado há alguns dias, o ministro defendeu a prioridade para creches e educação básica, irritando os parlamentares, por não falar diretamente sobre o contingenciamento determinado pelo governo.

Diante das primeiras críticas ouvidas dos deputados Paulo Pimenta e Orlando Silva, Weintraub não ficou na defensiva e adotou um discurso também agressivo. Citou a ex-presidente Dilma Rousseff, numa referência a manobras nas contas que levaram ao pedido de impeachment. Mais tarde, a líder da minoria na Câmara, Jandira Feghali (PCdoB-RJ), questionou, dentre outros temas, se o ministro havia dito e se mantinha a fala de que “comunistas mereciam uma bala na cabeça”.

“Eu sou comunista e estou aqui, ministro”, disse Feghali. E ele, mais uma vez, aumentou o tom. “Não tenho passagem pela polícia por ameaça, agressão. Não tenho processo trabalhista. Minha ficha é limpíssima, não tenho mácula. Tiveram que voltar 30 anos na minha vida para obter um boletim ruim porque eu tinha arrebentado o meu braço, obtido de forma ilegal”, disse. “Outra coisa, bala na cabeça, quem prega, não é esse lado aqui.”Diante dos gritos ele elevou o tom para falar sobre o ex-presidente Lula que, ressaltou “hoje está preso.” O ministro afirmou que uma colega teria sido demitida por influência do ex-presidente, que teria pedido o cargo da funcionária à presidência do banco Santander, depois de ela fazer críticas ao ex-presidente. “O amigo do banqueiro e o Lula que pediu a cabeça da colega de profissão. Foi o Lula que humilhou e falou que era para o banco pagar o bônus para ele.” Minutos depois, mais calmo, ele disse estar “aberto ao diálogo.”

Contingenciamento

Ao isentar o atual governo da responsabilidade pelos cortes, o ministro citou como causa do problema o governo Dilma, destacando que a petista tinha como vice o também ex-presidente Michel Temer. “Não somos responsáveis pelo desastre na educação básica brasileira”, disse.

Weintraub afirmou que a atual gestão está apenas “cumprindo a lei” e disse que, se as reformas apresentadas pelo governo, principalmente a da Previdência, forem aprovadas pelo Congresso, o ambiente econômico melhorará e o Executivo terá recursos para voltar a investir.

“O Brasil parou de afundar, mas infelizmente ainda não decolou. Paramos de investir e isso só vai passar quando aprovarmos a nova Previdência. Estamos no limiar de ver o Brasil decolar. A recuperação econômica vai gerar receita e poderemos ter recursos para investir na educação novamente”, disse.

Weintraub defendeu novamente que as universidades públicas do país não podem ser soberanas e que, se preciso for, a polícia pode atuar nos campi destas instituições. “Autonomia universitária não é soberania. Se preciso, a polícia tem que entrar (nas universidades). E se preciso for, a polícia vai entrar, vai entrar sim”, disse. O ministro participa de uma audiência pública em comissão geral na Câmara. Ele foi convocado na terça-feira (14), para explicar o contingenciamento que foi imposto às universidades federais.

No mesmo dia, Weintraub já havia defendido a permissão para a atuação das polícias no ambiente das universidades. Essas instituições gozam de autonomia “didático-científica, administrativa e de gestão financeira e patrimonial” garantida pela Constituição. O ministro também afirmou que é preciso “corrigir juntos (a educação) sem revolução, sem brigar, sem intolerância”.

TEXTO OP9
FOTO UOL

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