O governador João Azevêdo (PSB) decretou, nesta quinta-feira (13), situação de emergência em Campina Grande devido ao rompimento de um reservatório da Companhia de Água e Esgotos da Paraíba (Cagepa), ocorrido no último sábado (8), no bairro da Prata. O decreto, publicado no Diário Oficial do Estado, tem validade de 180 dias e autoriza a adoção de medidas emergenciais para mitigar os danos causados pelo incidente.
De acordo com o documento, a medida se baseia em parecer técnico da Defesa Civil estadual, que classificou o caso como um “Desastre de Nível II”, conforme a Classificação e Codificação Brasileira de Desastres (Cobrade). A decisão permite a abertura de crédito extraordinário e a contratação de bens, serviços e obras sem a necessidade de licitação, com o objetivo de agilizar o atendimento às famílias afetadas e a recuperação da área atingida.
O rompimento do reservatório, que armazenava cerca de dois milhões de litros de água, provocou alagamentos, arrastou veículos e destruiu casas nos bairros da Prata, Centenário e São José. Uma mulher de 62 anos, que estava acamada, morreu, e outras duas pessoas ficaram feridas. O abastecimento foi interrompido em aproximadamente 40 bairros de Campina Grande, além de Lagoa Seca, São Sebastião de Lagoa de Roça, Areial e Montadas.
Enquanto isso, o Ministério Público da Paraíba instaurou um procedimento para investigar as causas do rompimento. O órgão solicitou à Cagepa informações sobre vistorias prévias na estrutura e sobre as medidas adotadas após o acidente. Também foram requisitados relatórios do Corpo de Bombeiros, da Polícia Civil e do Instituto de Polícia Científica (IPC), para apurar possíveis responsabilidades civis e criminais.
Uma comissão técnica foi designada pelo governo estadual para avaliar as causas do colapso e propor medidas preventivas.


