Que o bairro do Mutirão, na periferia de Campina Grande, é um dos que mais sofrem com o abandono do poder público muita gente sabe, especialmente os próprios moradores. O que eles não esperavam é que justamente quando uma obra saísse do papel fosse feita pela metade. Pois é justamente isso que moradores das ruas Lima Silva e Jonas Brasileiro estão denunciando.
Eles se queixam de que a Superintendência de Obras do Plano de Desenvolvimento do Estado (Suplan) esteja fazendo o calçamento de uma rua com um estreitamento considerável, reduzindo a via para quatro metros de largura e, no caso da outra via, não estaria disposta a pagar a desapropriação de um terreno que melhoraria a situação dos moradores. Resultado: a população protestou e a obra está paralisada.
O morador da Rua Jonas Brasileiro, Edvanildo Gomes, que é motorista, começou falando da situação da Rua Lima Silva, que fica paralela a via onde ele mora. “(A Rua Lima Silva) Tem espaço para ser feita com mais de quatro metros de largura. Mas a construtora e a Suplan só querem fazer com quatro metros. Eles querem fazer a rua com quatro metros e dois metros de calçada para cada lado. O pessoal se revoltou aqui e a obra está parada por conta dessa situação”, disse em entrevista à Campina FM.
Ele ainda lembrou que na rua existe uma grande pedra e construtora estaria tentando fazer a obra sem removê-la. “Inclusive tem uma pedra e eles não querem tirar, querem fazer o desvio. Não querem fazer a remoção da pedra, querem deixar a pedra no meio do calçamento. Sem falar que a rua com esse tamanho não vai ter espaço. Passar dois carros é um sufoco e caminhão então nem se fala”, lembrou.
Sobre a rua onde mora, a Jonas Brasileiro, o motorista destaca a situação de um terreno que não estaria desapropriado e impediria uma obra de melhor qualidade. “Existe uma propriedade que eles alegam que é condomínio rural. Só que a gente não entende… se é porque foi feito uma rua nela? Existe encanação da Cagepa, rede elétrica da Energisa… Tudo isso foi colocado dentro de um condomínio rural?”, se pergunta indignado.
A Suplan foi procurada mas não se posicionou a respeito da fala do morador.
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